Sim, sofremos quando nossos pais se vão, mas nós somos eles! Somos feitos deles. Então devemos nos alegrar. E honrar a nós mesmos pois honrando a nós mesmos, honraremos a eles.
Um nó na garganta, o eco de um adeus silenciava o lar. A ausência pairava densa, como uma sombra alongada pelos cantos da memória. Sim, a dor da partida rasgava o peito, a saudade era um rio caudaloso a inundar os dias.
Mas então, como um raio de sol rompendo as nuvens carregadas, a verdade resplandecia: éramos eles. Em cada traço do rosto, em cada gesto herdado, em cada eco de suas vozes em nossas próprias, eles viviam. Éramos a continuidade de sua jornada, o fruto de seu amor e de suas histórias.
E a tristeza se transformava em um suave contentamento. Alegrar-se era celebrar a vida que nos legaram, a chama que acenderam em nós. Honrar a nós mesmos, com nossas lutas e conquistas, com a beleza singular de nossa existência, era a mais pura homenagem. Pois em cada passo adiante, em cada sorriso ofertado ao mundo, carregávamos a essência deles, imortalizada em nosso ser. Honrávamos, assim, a sua passagem, a sua herança, o amor que nos moldou.
Muito obrigada por sua leitura!📚 📚
As trilhas sonoras, também as crio!