CIRURGIA

Pois é! Vou contar uma verdadeira saga espiritual ou não, cada um tira suas conclusões, acredita ou não. Sabe o que é medo? Fobia? Fobias estão relacionadas aos traumas, às analogias ao sexo selvagem, taras; à submissão a algum tipo de poder, à ansiedade.

Claustrofobia era o seu transtorno. Começou não utilizando roupas justas, depois passou para os abraços demorados e apertados, capacetes de motocicleta ou bicicleta tinham que ser soltos. Fantasias de Carnaval ou outra qualquer que fechasse inteiramente, elevadores, túneis, carros, principalmente os elétricos, de darem pane e prender pessoas dentro. Pensava que pudesse morrer se fosse submetido à tomografia, não iria resistir, como aconteceu com seu melhor amigo: um ataque de pânico e infarto fulminante. Se ficasse preso em lugares, ou embaixo de lama, de escombros, sem poder se mexer. Logo faltava o ar e o pavor surgia quase que como um delírio.

Talvez tudo isso tivesse começado com a busca da espiritualidade. Sempre foi médium, como alguns o definiam, sensitivo, por ver “coisas” de outras esferas. Avisos, premonições. Sofreu com visões, com cirurgias feitas à força por seres invisíveis, mas sentia o cheiro de hospital. Em certa ocasião, doou sua medula em uma operação no seu quarto. Espíritos o viraram de bruços e extraíram um líquido de sua coluna cervical.

Enquanto estava consciente, porém sem poder se mexer. Imediatamente após a tarefa, eles foram embora, e pode sair da inércia. Até hoje, não sabe pra quem doou a medula. Acredita que foi ao próprio pai que morava no Rio de Janeiro e ele em Nova Jersey - U.S.A.. Precisava dessa cirurgia e, milagrosamente ficou bom. Só foi saber da precisão do pai, anos depois. Nos dias subsequentes, ficou com a marca e a dor. Outra operação foi feita num pequeno tumor no céu da boca 👄, ao se deitar. Novamente, ficou em estado catatônico, sentiu odor de sala de dentista, abriram sua boca e extraíram o câncer. Conseguiu movimentar-se, logo após a partida das entidades.

Cientistas têm estudos sobre distúrbios do sono, nos quais as pessoas estão num estado entre dormindo e acordados e costumam ter visões, passar por experiências de abdução de acordo com suas crenças e culturas. Acontece frequentemente nas estradas, pelo cansaço.

Sua alma saía do corpo involuntariamente e demorava um século para voltar. Enquanto o corpo consciente agonizava paralisado, tentando se mover. Tudo isso era desesperador. A alma era como um cachorro ou gato fujão, que, após o passeio, tentava entrar em casa, mas não conseguia. Era um terror para “ambos” esse instante. A consciência era dos dois, concomitantemente.

Voltou para o Rio de Janeiro, porque era onde toda a família morava e resolveu procurar um Centro Espírita e fazer um tratamento para deixar de ter tantas visões, porque isso o atrapalhava em todas as esferas. Deu certo, porém houve muitos outros episódios bem intrigantes, que caberiam em outros textos mais específicos.

Tinha um lema: "Tenho espiritualidade, mas estou longe da santidade. De vez em quando, é preciso fazer umas diabruras pra Deus não levar logo!"

Depois do tratamento, perdeu seus poderes de autocura. Na mesma época, Três pessoas fizeram trabalhos pesados para ele. Um feiticeiro, um trabalho para ele ficar feio e perder as proteções espirituais, outra invejosa fez um, no cemitério para ele não ir para frente e o outro, um para prender amorosamente.

Muito tempo depois, precisou realmente fazer uma cirurgia, viu o fantasma de uma médica no banheiro do hospital. Seu maior medo foi ter que pegar o elevador antes e após o procedimento, na hora, comunicou e segurou a mão da enfermeira. Viu luzes e sentiu energias do bem auxiliando-o. Tinha medo também de ficar paralisado após o efeito da anestesia e permanecer preso a outros mundos. Felizmente acordou com a voz do médico falando “Parabéns! Sua operação foi um sucesso”, ao que respondeu imediatamente, quase num grito de alívio e felicidade: “Graças à Deus!” 🙏🌹