Dizem que os magos mais poderosos são quase eternos. Duram trezentos, quatrocentos anos num corpo só. Uns até trocam de “carcaça” quando a máquina do organismo começa a falhar.
Mas, pensam que também não se cansam de viver?! Uns se rendem à finitude. Outros, têm a faculdade de recompor o próprio corpo em caso de acidentes graves e até fatais. Dizem também que tais dons são genéticos, contudo podem também ser herdados sem que haja parentesco.
Magos obedecem a rituais ancestrais e geralmente criam suas próprias magias tanto para seus proveitos, como de outros. Ficam ricos, muitas vezes, por revelar certos segredos e por ajudar os outros a conseguirem o que almejam. E assim se mantém e mantém seus eternos estudos ocultistas. Conquanto, uns abraçam as mais diversas profissões. Outros não ligam para os dons.
Certo dia, o mestre disse ao discípulo que sua hora estava na iminência de chegar, mas para poder descansar em paz, teria que doar parte dos bens, só deixando uma boa quantia e um imóvel para seu pupilo, que considerava seu sucessor. Instruindo-o a cremá-lo e guardar suas cinzas ou mandar transformá-las em um diamante, que, assim como o mestre, teria infinitos poderes ao serem espalhadas ou invocadas.
O dia chegou, e tudo foi feito à risca, conforme as orientações.
O brilhante aluno levou as cinzas para casa e depois de algum tempo reclamou que nenhum dos rituais com as cinzas deu certo e chamou o mestre de velho babão. Revelando profundo desdém e desrespeito ao morto, sinais visíveis da falta espiritualidade, sentimento de gratidão e apreço.
Nem percebeu que as cinzas tinham sido trocadas e quem as recebeu foi uma família humilde, esta realmente chorou pelo ente querido e por isso, as cinzas só os conduziram pelos caminhos do amor, da bondade e da prosperidade.
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Espero que tenham gostado do texto. Muito obrigada por sua leitura! Caso desejem, podem ouvir meus áudios musicais.