SÓ HÁ VICTORIAH PARA O GUERREIRO, PARA O JUSTO, PARA O QUE ENFRENTA O MUNDO COM CORAGEM, OTIMISMO E ALEGRIA. DEUS É BOM! FORÇA! VICTORIAH SEMPRE!
Textos


Mudei-me para o interior de São Paulo com a cara e a coragem, pois ali era onde corria dinheiro. Era a terra do boi. Uma realidade nova para mim, urbanóide convicto. Carioca. Não era um cenário rural, pelo contrário, era uma cidade relativamente grande e desenvolvida.

As fazendas ficavam no entorno. Como estava começando a vida em um outro lugar, de estilo totalmente diferente do meu, pegava o que aparecia dentro das minhas áreas: tradução e magistério. Coloquei uns anúncios no jornal local

e apareceram várias propostas de trabalho, aulas particulars, programa, inclusive de fazer as traduções de releases e letras para uma revista especializada em Black Metal ( que é um tipo de música em cujas letras descrevem-se rituais satânicos).

Um rapaz, o editor, que, pelo tempo, não me recordo mais do nome, foi pessoalmente na minha casa e levou o material. Combinamos quanto pagaria a lauda e não havia um prazo para terminar. Sei que o rapaz sumiu.

Eu me mudei de casa, era uma casa enorme.

Depois de um tempo, ouvia barulhos, via vultos. o filhote de cachorro latia muito. Olhava para a direção em que fitava, e enxergava desencarnados, outras vezes, criaturas sem fomas.

Via alguns minutos antes, as pessoas que chegariam em casa, com as roupas que estavam usando; Entrava em contato com o mundo astral dos próximos; via ao lado, os espíritos dos amigos falsos, encostados nos amigos. Entrou ladrão em casa, mas o cachorrinho deu o alarme. Ele ou eles, já deviam estar dentro de casa há muito tempo, porque ainda os objetos estavam separados na varanda da frente, antes dos jardins, atrás das grades.
As leituras podem ter aberto portais para os mundos invisíveis. Ou eu tivesse, de alguma forma, ter sido sugestionado. Nas letras haviam evocações. Será que o meu cachorro via, sentia e vivenciava o mesmo que eu?

A gota d'água, foi uma vez, em que deparei-me com umas luzes, enquanto, deitado, estava me preparando para dormir. Senti um cheiro de hospital no quarto, quis correr, mas não pude, estava paralisado por alguma força.

Senti a presença de seres que não sei dizer se eram extraterrenos, se eram espíritos vivos, lembro de sombras. Eles me viraram de bruços e tiraram com uma seringa e agulha enormes, um líquido da minha coluna cervical. Acredito que eu tenha sofrido um transplante de medula óssea, no qual eu era o doador. Ainda fiquei com uma marca nas costas. Só gostaria de saber se minha medula salvou a vida de alguém.

Depois de um tempo, já tinha terminado de fazer as traduçóes e o editor foi em casa buscá-las. Pagou direitinho por elas.

Disse que tinha mais trabalho, mas eu já ia viajar para outra cidade e não peguei o serviço. Bem, valeu a experiência e gostei também das sonoridades do Black Metal e do Sertanejo e assuntos. Novos para mim. Cultura nunca é demais.
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Obrigada pela visita e por sua leitura.

LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 03/04/2020
Alterado em 30/06/2023


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