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DESAPARECIDO
Sumiu. Simplesmente desapareceu da face da Terra.

Bombeiros, polícia, toda uma sociedade mobilizada nas suas buscas, cartazes espalhados pela cidade, pela Internet. Foi como se tivesse evaporado. Suas últimas imagens, antes do ocorrido, apareceram na portaria do hotel cinco estrelas, centenário, em que a família estava hospedada e nas câmeras de segurança de uma loja a dois quarteirões.

Vasculharam também suas anotações, seu laptop, os sinais de celular, sem sucesso algum.
Ele saira com uma mochila nas costas, contendo enlatados, água, refrigerante, um cobertor e uma lanterna. 

Ele sempre disse que tinha poder mental suficiente para se comunicar com qualquer um, principalmente em casos de perigo, no raio de um quilômetro e meio, que era capaz de projetar-se, de prever o futuro. Talvez um devaneio de adolescente, contava com dezesseis anos.

O tempo passou e todos desistiram de procurá-lo, menos a mãe. Era seu bebê, o filho caçula, lindo. Será que nunca mais iria abraçá-lo? Ouvir suas piadas sem graça? Às vezes, sonhava com ele dizendo que não se preocupasse mais com ele e nem se entristecesse, pois estava bem.

Na ocasião, a família havia se deslocado para esta pequena cidade próxima a duas cidades abandonadas: Comoma e Garnet, em Montana, EUA, Localizada nas montanhas Rochosas, ao lado  de Washington, Oregon, Idaho , Dakota do Norte e Dakota do Sul. Foi até lá,

atendendo a pedidos do jovem que estava aniversariando. Ele queria conhecer e entrar nas minas de ouro e carvão abandonadas, conhecer casas, comércio e velhos Saloons e saber se era verdade mesmo a presença de seres intraterrenos no local.
Uma década se passou, sem notícias do paradeiro do jovem. Até que, num dia de uma tempestade torrencial, no Estado de New Jersey, os familiares receberam o telefonema da polícia para reconhecer um corpo. O pai havia falecido há três anos, então viajaram a mãe e um irmão.

Era ele mesmo. pelas vestes. Sabe o que provavelmente teria acontecido? Resolveu explorar e atravessar sozinho por uma passagem muito estreita, que saía de uma casa de madeira até uma Mina de ouro. Teria que ir se arrastando por uns seissentos metros pelo túnel, até chegar ao destino.

Ele tinha em mãos uma lanterna apagada e um mapa muito antigo. Ficou preso, entalado com a mochila nas costas, com sede, com fome e sem ar. Só foi achado porque outro aventureiro também tinha um outro mapa do mesmo lugar.

Um vidente, tido como louco, nas cercanias, sempre contava a história de um rapaz riquinho que ficou entalado no túnel  da mina, conquanto, todos riam dele, não criam naquele enredo: debateu-se, sofreu demais, tentou comunicar-se telepaticamente, projetar-se astralmente, porém devido ao desespero talvez, não obteve êxito. Rezou e entregou seu corpo e alma à Deus.

Muito obrigada por sua leitura!
LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 22/09/2018
Alterado em 23/09/2018
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