ALÉM DO PORTAL
Entrei na sala do mundo invisível.
Sem móveis, sem cadeiras pra sentar,
Havia uns indivíduos todos despidos
Ninguém ligava
Nem tinha vergonha de pensar.
Eu fui parar no tal recinto por acaso,
A curiosidade me moveu até lá
Havia duplicatas dos mesmos sujeitos
Que se desdobravam
cada qual com personalidade singular.
Tratava-se do mesmo, com outras essências
completamente opostas à matrix original
Não se ouvia uma única palavra
Talvez nem ar existisse no local.
Era um lugar onde habitavam espíritos,
com aspectos oníricos
aos olhos incautos
vagando achados e perdidos
por este umbral
Pelos corredores labirínticos
Onde muitas verdades
Formatavam o mundo real,
O mundo dos vivos.
Este com tempo,
E árvore do bem e do mal,
Por este portal.
Frutos
folhas, livros,
E O que habita o abismo
entre a ordem e o
caos.
Obrigada pela leitura. Sou contista, não poeta.