AS TREVAS
No sítio, sozinho. Atormentado pelos problemas, o estresse da cidade. A correria, os aborrecimentos. Os sapos que se tem que engolir no trabalho, para quê? Usufruir do mundo. Mas a que horas? Não tenho tempo. Todavia, foi através desse meu suor, que adquiri este pedaço de chão. Um rio corre atrás da propriedade: o Paraíba do Sul. Seu som acalma, é reconfortante.
Uma casa grande, mas simples, o que importam são as árvores, os animais, os pássaros, o cheiro da terra, do mato, os grilos.
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Vim sem computador, sem nada. Minto, trouxe o computador, mas não trouxe o modem, acredito nem haver sinal de Internet por aqui. Meu intuito é o de escrever algo. Sempre sonhei em ser um escritor, romancista, contista, poeta; conquanto, eu trintão, quase quarentão, nunca redigi uma linha sequer, só nas redações da escola. Tirava notas baixas, por causa dos erros de concordância. Então, você deve estar se perguntando como achou coerência no meu texto até aqui. Simples: espírito.
Estava eu com uma angústia feroz, quando um raio atingiu a torre da cidadezinha e fiquei às escuras.
Continuei sentado na cadeira em frente a uma escrivaninha de madeira do século XIX, compradas num antiquário , no centro do Rio de Janeiro. Peças maravilhosas.
Pois sim, escutei barulhos no assoalho, como de passos, muitos passos. O pavor foi tomando conta de mim e eu não pude nem gritar nem me mover. Pensei: devem ser bichos, mas que bichos?
E, de repente eu os vi nitidamente: os fantasmas. Todos opalescentes.
Onde estava, fiquei, batendo os dentes de tanto medo. Mas consegui me virar e dar dois passos correndo.
Um deles me alcançou, ficou a um metro de distância a minha frente e me disse:
- Não tenha medo! Somos todos seres de luz e não estamos ligados a este lugar. Percebemos seu desespero e viemos auxiliá-lo a cumprir sua missão. A de por no papel, ou seja lá o que tiver disponível, a tirar todas as histórias incríveis que povoam a sua cabeça, a sua imaginação, as histórias que você desconhece habitar seu âmago. Você é uma antena... Só há um porém, por enquanto os seres das trevas ficarão lá fora, até você aprender a lidar com eles. Eles sim, são os seus verdadeiros mentores.
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Colegas, escutem meus áudios musicais, leiam meus contos! Beijo
No sítio, sozinho. Atormentado pelos problemas, o estresse da cidade. A correria, os aborrecimentos. Os sapos que se tem que engolir no trabalho, para quê? Usufruir do mundo. Mas a que horas? Não tenho tempo. Todavia, foi através desse meu suor, que adquiri este pedaço de chão. Um rio corre atrás da propriedade: o Paraíba do Sul. Seu som acalma, é reconfortante.
Uma casa grande, mas simples, o que importam são as árvores, os animais, os pássaros, o cheiro da terra, do mato, os grilos.
Vim sem computador, sem nada. Minto, trouxe o computador, mas não trouxe o modem, acredito nem haver sinal de Internet por aqui. Meu intuito é o de escrever algo. Sempre sonhei em ser um escritor, romancista, contista, poeta; conquanto, eu trintão, quase quarentão, nunca redigi uma linha sequer, só nas redações da escola. Tirava notas baixas, por causa dos erros de concordância. Então, você deve estar se perguntando como achou coerência no meu texto até aqui. Simples: espírito.
Estava eu com uma angústia feroz, quando um raio atingiu a torre da cidadezinha e fiquei às escuras.
Continuei sentado na cadeira em frente a uma escrivaninha de madeira do século XIX, compradas num antiquário , no centro do Rio de Janeiro. Peças maravilhosas.
Pois sim, escutei barulhos no assoalho, como de passos, muitos passos. O pavor foi tomando conta de mim e eu não pude nem gritar nem me mover. Pensei: devem ser bichos, mas que bichos?
E, de repente eu os vi nitidamente: os fantasmas. Todos opalescentes.
Onde estava, fiquei, batendo os dentes de tanto medo. Mas consegui me virar e dar dois passos correndo.
Um deles me alcançou, ficou a um metro de distância a minha frente e me disse:
- Não tenha medo! Somos todos seres de luz e não estamos ligados a este lugar. Percebemos seu desespero e viemos auxiliá-lo a cumprir sua missão. A de por no papel, ou seja lá o que tiver disponível, a tirar todas as histórias incríveis que povoam a sua cabeça, a sua imaginação, as histórias que você desconhece habitar seu âmago. Você é uma antena... Só há um porém, por enquanto os seres das trevas ficarão lá fora, até você aprender a lidar com eles. Eles sim, são os seus verdadeiros mentores.
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Colegas, escutem meus áudios musicais, leiam meus contos! Beijo
LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 03/11/2013
Alterado em 27/02/2015
Alterado em 27/02/2015
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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